Efervescente.
É assim que é esta época.
Depois passa-lhes tudo.
Até os pais natais de chocolate que me costumam trazer me são atirados à cara, lá mais para meados de Janeiro, quando não houver dinheiro e os livritos se amontoarem por aqui sem ninguém lhes pegar.
Queríam que eu fizesse alguma coisa... que falasse deles, que os publicitasse.
Esta gentinha não faz a mais pálida idéia sobre as minhas funções... Acham que a minha obrigação é vender livros.
Quer dizer?!
Eles não fazem por vendê-los e sería aqui o je, o Guarda-Livros a fazer o serviço por eles?!
Juízo, tenham juízo!
Acham que já faço pouco? Querem trocar comigo?
Faz de conta que eu sou o escritor... Ora, pois! Levo a noite a beber café e a fumar umas cigarradas, depois durmo durante o dia, tenho crises existenciais e levo esta vida mansa! Ora, não é tão bom???
Agora vêm vocês para aqui, para o meu lugar!
Levam o dia inteiro a subir e a descer escadotes, escadas, a trepar às prateleiras, a mudar de sexo, a ouvir as acusações de lá de cima sobre uma gaja que tem a mania que escreve poemas, picam o ponto! Isso! Picam o ponto quatro vezes! E comem uma sopita que trago no termus!
QUEREM?
Ah! Não querem!
Pois é!
Devía de haver um dia na vida desta cambada em que fizessem o que eu faço! Só para aprenderem!
... Ele há cada um...
4 comentários:
olha, desculpa mas eu acho que tens que pôr os pontos nos iii e meter essa gente na ordem.
eu diria mais, pôr os pontos nos iiii e os tremas nos uuuu.
estou a ver que a vida na cidade é ainda mais difícil que na floresta.
Ah! Coelhinho!
Haja alguém que me entende!
Eu já pus os pontos nos ii e os tremas nos uu. Tenho tudo muito arrumado sempre, sou muito cioso do meu serviço, nada fora dos seus respectivos lugares.
O que será que me falta?
quando compreendermos que só precisamos daquilo que temos, temos tudo. nada nos falta.
E se o tudo é nada?
Eu não tenho nada Coelhinho... é essa a parte que preciso?
(ARGH! Agora deixaste-me depressivo!)
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